segunda-feira, 26 de novembro de 2012

O primeiro contato do homem com a arte.


O homem sempre sentiu a necessidade de registro, e isso vem bem antes da fotografia.
Há milhares de anos os povos antigos já se manifestavam artisticamente. Embora ainda não conhecessem a escrita, eles eram capazes de produzir obras de arte. A arte rupestre é composta por representações gráficas (desenhos, símbolos, sinais) feitas em paredes de cavernas pelos homens da Pré-História.


Características principais da arte rupestre


O homem pré-histórico era capaz de se expressar artisticamente através dos desenhos que fazia nas paredes de suas cavernas. Suas pinturas mostravam os animais e pessoas do período em que vivia, além de cenas de seu cotidiano (caça, rituais, danças, alimentação, etc.). Expressava-se também através de suas esculturas em madeira, osso e pedra. O estudo desta forma de expressão contribui com os conhecimentos que os cientistas têm a respeito do dia a dia dos povos antigos.


Para fazerem as pinturas nas paredes de cavernas, os homens da Pré-História usavam sangue de animais, saliva, fragmentos de rochas, argila, etc. 


Arte indígena 


Além da arte pré-histórica vista no parágrafo acima, há um outro tipo de arte primitiva: a realizada pelos índios e outros povos que habitavam a América antes da chegada de Cristóvão Colombo. Os povos: maias, astecas e incas são representantes da arte pré-colombiana. A história destes povos é contada através de sua arte (pinturas, esculturas e templos grandiosos, construídos com pedras ou materiais preciosos). 


Arte Primitiva na atualidade


Nos dias de hoje também é possível encontrar arte primitiva; alguns exemplos são as máscaras para rituais, esculturas e pinturas que são feitas pelos negros africanos. Há ainda a arte primitiva entre os nativos da Oceania e também entre os índios americanos, que fazem objetos de arte primitiva muito apreciados entre os povos atuais. 



                                               Locais com pinturas rupestres no Brasil:
 Pintura rupestre do Parque Nacional da Serra da Capivara (Toca do Boqueirão da Pedra Furada)


                   - Parque Nacional da Serra da Capivara em São Raimundo Nonato (Piauí) 




                                              - Parque Nacional Sete Cidades (Piauí)





                                                          - Cariris Velhos (Paraíba)






                                                     - Lagoa Santa (Minas Gerais)


Brasileiros descobrem mais antiga pintura rupestre da América
Descoberta enfraquece modelo Clóvis, usado para explicar a ocupação humana na América

Pesquisadores brasileiros encontraram em Lagoa Santa, Minas Gerais, a mais antiga gravura rupestre das Américas. As datações de carbono 14 sugerem que a figura pré-histórica de baixo-relevo encontrada tem entre 9,5 mil e 10,5 mil anos. O desenho é de uma figura antropomórfica com a cabeça em forma de C, três dedos nas mãos e pênis ereto.

Segundo o arqueólogo do Laboratório de Estudos Evolutivos Humanos do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP), Walter Neves, a representação é, provavelmente, uma parte de um painel maior sobre um culto de fertilidade. Para o pesquisador do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP, Astolfo Araujo, a imagem representa um culto à virilidade, e o achado deve ter por volta de 12 mil anos. “Esse dado foi confirmado por outro método de datação: a luminescência”, explicou.

De acordo com o arqueólogo e coautor do trabalho, Danilo Bernardo, a gravura foi descoberta em julho de 2009. Bernardo afirma que o grupo estava deixando o local de escavações quando viram o desenho:  “Só conseguimos datar porque trabalhamos de forma metódica, recolhendo todos os carvões das fogueiras pré-históricas do sítio”, disse.

Os pesquisadores ressaltam que a descoberta enfraquece o modelo Clóvis, que, durante anos, explica a ocupação humana na América. Segundo esse modelo, o homem teria entrado na América pelo Estreito de Bering, porém, com as recentes descobertas os arqueólogos concluem que não daria tempo para todo o continente ter sido colonizado no curto espaço de tempo, já que um esqueleto humano de cerca de 11 mil anos foi encontrado em 1998.

Além destas descobertas, a presença de diferentes culturas líticas – construção de ferramentas com pedras – aliada a uma rápida adaptação em diferentes lugares, também fortalecem a teoria de que o homem chegou à América há mais tempo.

No entanto, os defensores do modelo Clóvis questionam as datações das descobertas e afirmam que as culturas líticas seriam melhor justificadas por diferenças de matérias-primas disponíveis do que por uma tecnologia sofisticada presente no continente há mais de 10 mil anos. Os pesquisadores defendem também que a ocupação dos diferentes habitats da América do Sul é devido à natural habilidade humana de se adaptar.

Para Araujo, a resistência dos norte-americanos ao modelo Clóvis não faz sentido: “Mostramos que a hipótese de uma ocupação mais antiga não se baseia só na datação de um esqueleto ou em evidências isoladas. Precisamos publicar mais em inglês e eles precisam começar a ler com mais atenção nossos trabalhos”, afirmou.

Segundo Neves, o homem chegou à América há 14 mil anos pelo Estreito de Bering: “Não acho razoável propor que os primeiros habitantes vieram por embarcações da Austrália ou da África, bebendo água salgada”, disse o pesquisador.




                                                    - Rondonópolis (Mato Grosso)




                                                            Peruaçu (Minas Gerais)

Locais com pinturas rupestres na Europa:


- Caverna de Les Trois-Frères - França (pinturas rupestres do Paleolítico Superior);

- Complexo de Cavernas de Lascaux - França (uma das mais conhecidas do mundo e Patrimônio Mundial da UNESCO);
- Caverna de Altamira - cidade de Santander na Espanha (arte rupestre do período Paleolítico Superior);
- Arte Rupestre do Val Camonica - Itália (pinturas feitas na Idade do Ferro).

Tais costumes evoluíram ao longo dos tempos. 

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